Peixes

05/08/2010 10:18
 

Peixes...

Os peixes são animais vertebrados, aquáticos poiquilotérmicos, que possuem o corpo fusiforme, os membros transformados em nadadeiras sustentadas por raios ósseos ou cartilaginosos, as guelras ou brânquias com que respiram o oxigénio dissolvido na água (embora os dipnóicos usem pulmões) e, na sua maior parte, o corpo coberto de escamas.

Peixes de AquárioVários Peixes coloridos

O aquário como entretenimento moderno, no que respeita à Europa, data de 1890. Após a Primeira Grande Guerra, esse interesse cresceu rapidamente e atinge agora grandes círculos de dispersão.

O aquário de água salgada é muito interessante, mas apresenta dificuldades; e os aquários de água doce, fria, apenas servem para um pequeno número de espécies, tais como esgana-gatas (Gasterosteus), carpas (Cyprinus), gambúsias, peixes encarnados (Carassius) e o peixe-gato (Amiurus nebulosus). Os aquários mais comuns são, portanto, os de água doce quente, e os peixes devem então, de preferência, ser importados de lugares onde o clima se aproxima ao das nossas casas aquecidas, ou seja dos trópicos.

Os peixes para aquário de água quente vêm de diversas partes do Mundo. A sua maioria é originária do Leste da Ásia e do Sul da América. Diga-se de passagem que na Guiné Portuguesa se podem colher muitas das mais lindas espécies apreciadas para este género de aquários. No entanto, nem todas as espécies são obtidas nos países de origem, pois muitas são produzidas em grandes estações de reprodução de outros países (nomeadamente na Alemanha e na Holanda). Novas culturas são constantemente introduzidas e experimentadas. Algumas delas estabilizam-se, outras não se mantêm, e assim os stocks ou reservas das culturas são constantemente renovados.

Principais Características

  • Possuem Escamas ou placas;

  • Os Peixes apresentam as seguintes barbatanas: Barbatana Dorsal, Anal, Caudal, Ventrais e Peitoriais.

  • A bexiga natatória é um órgão que auxilia o peixe a manter-se a determinada profundidade através do controlo da sua densidade relativamente à da água;

  • A maioria dos peixes são dióicos, ovíparos, a fertilização dos óvulos é externa e não existem cuidados parentais; 

  • Os peixes não dormem. Eles apenas alternam estados de vigília e repouso.

Alguns Peixes de Aquário...Peixe em tons amarelos e azuis

Peixe-cego-mexicano, Anoptichtys jordani, completamente cego. No seu país de origem, o México, vive em grutas subterrâneas e, portanto, não tem necessidade de ver; todavia em aquário consegue subsistir, em conjunto com outras espécies, quando em competição pelo alimento.

Alheta-vermelha, Aphyocharax rubropinnis, da América do Sul, é um lindo e activo peixe de cardume, sempre em movimento. Tem necessidade de temperaturas elevadas, sem o que as suas barbatanas vermelhas empalidecem.

Farolim, Hemigrammus ocellifer, da América do Sul, é um dos peixes mais belos e mais fáceis de manter. Os pontos luminosos nos olhos e o vermelho da cauda são verdadeiramente resplandecentes.

Fogo, Hyphessobrycon flammeus, originário do distrito do Rio de Janeiro, é um peixe de aparência modesta, mas belo e muito apreciado.

Rosa, Hyphessobrycon callistus rosaceus, da América do Sul, é um representante elegante e majestoso da grande família Characinidae, a que pertencem os mais populares e resistentes peixes de aquário.

Saia-preta, Gymnocorymbus ternetzi, da América do Sul, mantém-se muito facilmente. Para que apresente bem negra a cor da região posterior do seu corpo, deve conservar-se a água a uma temperatura elevada.

Papa-mosquitos, Lebistes reticulatus, é o peixe dos principiantes. É um peixe viviparo, fazendo-se o desenvolvimento dos ovos no interior da mãe. Em virtude da sua resistência e facilidade de reprodução, é utilizado como devorador de mosquitos nas regiões da Malária.

Néon, Hyphessobricon innesi, brilha como um tubo de néon na cor de vermelhão e azul-turquesa. É originário das nascentes do Amazonas, no Peru.

Peixe azulãoEspadachim, Xiphophorus helleri, do México, é um peixe vivíparo. Apresenta-se com grande variedade de cores: verde, vermelho, amarelo, preto e variegado.

Barbo-de-lira, Aphyosemion australe, da África ocidental. É um dos peixes ovíparos da família Cyprino-dontidae. Não se mantém facilmente, pois carece de alimento vivo, água velha e temperatura elevada.

Meia-Iua-indiano, Xiphophorus variatus, do México, aparece, à semelhança de outros peixes vivíparos, em grande variedade de cores. A estampa mostra um que é preto e amarelo. Difícil e combativo.

Gato-de-bronze, Corydoras aeneus, da América do Sul, não é talvez muito bonito, mas apreciavelmente vivo e interessante. Mantém-se à custa do que os outros peixes deixam.

Zebra, Brachydanio rerio, originário de Bengala, mantém-se de preferência em cardumes e está sempre em movimento.

Barbo-dourado, Barbus schuberti, é um produto de criação em aquário e a sua origem é discutível. Resistente e fácil de manter.

Nuvem-branca, Tanichthys albonubes, vem de um rio do sopé da Montanha da Nuvem Branca, na China. Bom peixe de aquário, capaz de viver a baixas temperaturas.

Leopardo, Acanthophthalmus kuhlii, da Ásia oriental, não se mostra antes do escurecer, altura em que sai do esconderijo para se alimentar. Tem longa vida, mas é sensível às mudanças de água.

 

retirado de: https://peixes.servivo.com/

 

Hábitos alimentares

Os peixes pelágicos de pequenas dimensões como as sardinhas são geralmente planctonófagos, ou seja, alimentam-se quase passivamente do plâncton disperso na água, que filtram à medida que "respiram", com a ajuda de branquispinhas, que são excrescências ósseas dos arcos branquiais (a estrutura que segura as brânquias ou guelras).

Algumas espécies de maiores dimensões têm também este hábito alimentar, incluindo algumas baleias (que não são peixes, mas mamíferos) e alguns tubarões como os zorros (género Alopias). Mas a maioria dos grandes peixes pelágicos são predadores ativos, ou seja, procuram e capturam as suas presas, que são também organismos pelágicos, não só peixes, mas também cefalópodes (principalmente lulas), crustáceos ou outros.

Os peixes demersais podem ser predadores, mas também podem ser herbívoros, que se alimentam de plantas aquáticas, detritívoros, ou seja, que se alimentam dos restos de animais e plantas que se encontram no substrato, ou serem comensais de outros organismos, como a rémora que se fixa a um atum ou tubarão através dum disco adesivo no topo da cabeça e se alimenta dos restos de comida que caem da boca do seu hospedeiro (normalmente um grande predador), ou mesmo parasitas de outros organismos.

Alguns peixes abissais e também alguns neríticos, como os diabos (família Lophiidae) apresentam excrescências, geralmente na cabeça, que servem para atrair as suas presas; essas espécies costumam ter uma boca de grandes dimensões, que lhes permitem comer animais maiores que eles próprios. Numa destas espécies, o macho é parasita da fêmea, fixando-se pela boca a um "tentáculo" da sua cabeça.

Hábitos de reprodução

A maioria dos peixes é dióica, ovípara, fertiliza os óvulos externamente e não desenvolve cuidados parentais. Nas espécies que vivem em cardumes, as fêmeas desovam nas próprias águas onde os cardumes vivem e, ao mesmo tempo, os machos libertam o esperma na água, promovendo a fertilização. Em alguns peixes pelágicos, os ovos flutuam livremente na água – e podem ser comidos por outros organismos, quer planctónicos, quer nectónicos; por essa razão, nessas espécies é normal cada fêmea libertar um enorme número de óvulos. Noutras espécies, os ovos afundam e o seu desenvolvimento realiza-se junto ao fundo – nestes casos, os óvulos podem não ser tão numerosos, uma vez que são menos vulneráveis aos predadores.

No entanto, existem excepções a todas estas características e neste artigo referem-se apenas algumas. Abaixo, na secção Migrações encontram-se os casos de espécies que se reproduzem na água doce, mas crescem na água salgada e vice-versa.

Em termos de separação dos sexos, existem também (ex.: família Sparidae, os pargos) casos de hermafroditismo e casos de mudança de sexo - peixes que são fêmeas durante as primeiras fases de maturação sexual e depois se transformam em machos (protoginia) e o inverso (protandria).

Os cuidados parentais, quando existem, apresentam casos bastante curiosos. Nos cavalos-marinhos (género Hypocampus), por exemplo, o macho recolhe os ovos fecundados e incuba-os numa bolsa marsupial. Muitos ciclídeos (de que faz parte a tilápia) e algumas famosas espécies de aquário endémicas do Lago Niassa (também conhecido por Lago Malawi, na fronteira entre Moçambique e o Malawi) guardam os filhotes na boca, quer do macho, quer da fêmea, ou alternadamente, para os protegerem dos predadores.

Refere-se acima que a maioria dos peixes é ovípara, mas existem também espécies vivíparas eovovivíparas, ou seja, em que o embrião se desenvolve dentro do útero materno. Nestes casos, pode haver fertilização interna - embora os machos não tenham um verdadeiro pênis, mas possuem uma estrutura para introduzir o esperma dentro da fêmea. Muitos destes casos encontram-se nos peixes cartilagíneos (tubarões e raias), mas também em muitos peixes de água doce e mesmo de aquário.

Hábitos de repouso

Os peixes não dormem. Eles apenas alternam estados de vigília e repouso. O período de repouso consiste num aparente estado de imobilidade, em que os peixes mantêm o equilíbrio por meio de movimentos bem lentos.

Como não tem pálpebras, seus olhos ficam sempre abertos. Algumas espécies se deitam no fundo do mar ou no rio, enquanto os menores se escondem em buracos para não serem comidos enquanto descansam.

Retirado de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe#H.C3.A1bitos_alimentares